Dr. Flavio Pierette Ferrari
CRM/RO 2415 / RQE 1287
- especialista em Alergologia pela ASBAI
- Mestre em Pediatria pela UFPR com área de concentração em Alergologia Pediátrica pela UFPR
NEOMED
Fone: (69) 3443-0100
Cacoal-RO
Dermatite atópica
- a investigação das causas
Das alergias dermatológicas, a dermatite atópica é uma das mais comuns, particularmente em crianças. Situação frequente em lactentes e pré-escolares, muitas vezes se estende até a idade escolar e pode até mesmo se iniciar em crianças maiores e adultos. Embora seu diagnóstico seja eminentemente clínico, não raro é necessário investigar alergias associadas que podem dificultar seu controle. Como é uma doença multifatorial, e que tem diferentes eventos fisiopatológicos como causa dos sintomas, algumas alergias podem estar associadas num mesmo paciente e dificultar o controle dos sintomas.
Assim, além do clássico tratamento das alterações de pele, que incluem uso de antibióticos, sempre que tiver infecções associadas, hidratação vigorosa, uso de substâncias lubrificantes e cuidados básicos com a derme, é preciso definir quais alérgenos podem dificultar o controle em cada paciente, especialmente em crianças maiores e adultos. A associação comum com alergias respiratórias, como asma e rinite, coloca aeroalérgenos como fatores de agravo e persistência das lesões.
Todo paciente com dermatite atópica deve ser investigado quanto à coexistência de alergias respiratórias, e nas crianças menores ela deve ser considerada fator de risco para asma e rinite. Também pode haver associação com alergias alimentares, e essa investigação deve ser feita nos casos de difícil controle e em pacientes que têm manifestações fora da faixa etária clássica.
Não é raro valores muito elevados de IgE específica serem encontrados em pacientes que têm dermatite como única manifestação, sendo o ovo o alimento mais frequentemente associado. Como essa é uma manifestação não imediata, diferentemente das urticárias, também é obrigatório fazer testes de exclusão e reintrodução daqueles alimentos que podem estar relacionados com sintomas graves e de difícil controle. Sempre lembrando que não basta suspender, é obrigatório fazer a reintrodução desses alimentos para confirmar essa relação. Afinal, particularmente em crianças, mas não só nelas, é preciso responsabilidade nas indicações de dietas restritas, que podem causar dificuldades nutricionais e sociais aos pacientes.
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