A Ultrassonografia tem evoluído com o tempo. Inicialmente tínhamos apenas a imagem em escala de cinzas (“preto e branco”), o chamado modo-B, que começou com baixa qualidade, melhorando paulatinamente. Após o advento do modo-B, tivemos o aparecimento do modo Doppler. Enquanto o primeiro nos mostrava a anatomia, este segundo (modo Doppler) veio nos trazer o movimento, isto é, o fluxo sanguíneo vascular. Os dois hoje nos dão informações muito importantes sobre a forma e a função de muitos órgãos e estruturas e também nos ajudam bastante na diferenciação entre entidades benignas e malignas.
Atualmente foi acrescentada a este escopo (modo-B e modo Doppler) uma nova tecnologia, que é a ELASTOGRAFIA.
Antes de falarmos sobre ela, vamos voltar aos tempos em que nada disso existia, isto é, tínhamos à nossa disposição apenas o “exame clínico”.
Uma das etapas do exame clínico é a palpação. Quando palpamos um nódulo mamário, por exemplo, levamos muito em conta a rigidez do mesmo. Sabemos que nódulos malignos têm, em sua grande maioria, consistência bastante endurecida. E é exatamente sobre rigidez de órgãos ou estruturas de que trata a ELASTOGRAFIA.
Palpar um nódulo de mama ou tireoide, por exemplo, pode ser feito sem muitas dificuldades, dada sua localização superficial. Porém, quando se trata de um órgão de situação profunda, é impossível fazer sua palpação. É aí que se situa a maior utilidade da Elastografia.
Sabemos que toda doença crônica do fígado leva à fibrose (“endurecimento”) do mesmo. Quanto maior a fibrose do fígado, maior a gravidade do processo patológico. A biópsia hepática é ainda hoje, considerada o padrão ouro para avaliar o estágio da fibrose. Contudo, ela é um método invasivo e, consequentemente, apresenta seus riscos ou complicações que podem, inclusive, ser fatais.
Se existisse um método não invasivo, seria o ideal.
É aí que entra a ELASTOGRAFIA. A ELASTOGRAFIA é hoje, o método de escolha não invasivo para diagnosticar esta gravidade. Ela é utilizada no acompanhamento de pacientes portadores de hepatites virais ou fibrose do fígado em consumidores de bebidas alcoólicas. Ela estagia a doença. Existe uma escala, entre outras, (escala de METAVIR) que vai de 0 (zero) a 4 (quatro). Zero é o fígado saudável e um a três são estágios da doença (fibrose do fígado) e o grau 4 é a cirrose.
É um exame de fácil realização em mãos experientes e necessita apenas de um preparo prévio realizado pelo paciente desde a véspera do exame.
Este exame é realizado em um aparelho comum de Ultrassonografia que tenha esta tecnologia acoplada (Software específico).
A ELASTOGRAFIA é um novo método que continua em franca expansão, estendendo-se ao estudo de outros órgãos, além do fígado. Ela hoje é bastante usada na busca da diferenciação entre patologias benignas e malignas da mama e da tireoide, além de outros órgãos.
Siemens integra imagens ARFI em Ultrassonografia
- O sistema de ultrassom Acuson S2000 com aplicações de Virtual Touch melhora o diagnóstico.