Daniele Ramirez
- nutricionista CRN7 - 7102
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O Alzheimer é a forma de demência mais comum em pessoas idosas. A doença é incurável e afeta as regiões do cérebro que envolvem ideias, memória e linguagem. As evidências de que a doença de Alzheimer é uma forma de doença diabética cerebral é tão forte que alguns pesquisadores já se referem ao Alzheimer como diabetes do tipo III.
A glicose é uma molécula de fonte de energia primária para o cérebro. Como o sistema nervoso demanda de uma grande quantidade da energia total do organismo, a insulina é essencial. Assim, obesidade e anomalias metabólicas envolvendo a insulina estão associadas a doenças neurodegenerativas, não só a doença de Alzheimer, como também a doença de Parkinson e doença de Huntington.
Se a doença de Alzheimer é principalmente o resultado de um cérebro incapaz de metabolizar a glicose corretamente, então as intervenções destinadas a prevenir ou melhorar essa condição devem incluir uma transição para uma fonte de combustível que não seja a glicose, reduzindo os níveis de insulina periférica para restaurar a sensibilidade na barreira hematoencefálica, e proporcionar um oferta abundante de substâncias protetoras.
Um estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease demonstrou que indivíduos que consomem alta quantidade de carboidratos tiveram um aumento de 89% no risco para demência. O resultado está em contraste com pessoas que adotaram dieta com alto teor de gordura e obtiveram uma diminuição do risco em 44%.
No livro Grain Brain (2013, Little, Brown), o autor, neurologista David Perlmutter, estabelece a culpa sobre a dieta, afirmando que “a disfunção cerebral começa no seu pão de cada dia”.
Outras referências à literatura científica relacionam a redução do consumo de carboidratos e glúten, e o aumento da ingestão de gorduras boas com efeitos neuroprotetores e boas respostas cognitivas.
Assim, dietas low-carb (baixo consumo de carboidrato) podem ser o caminho da prevenção.
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