Hipócrates, considerado o Pai da Medicina , disse uma vez: Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio. Essa frase, proferida há mais de 2.400 anos, ainda mantém sua relevância na sociedade atual. A busca por métodos mais naturais e saudáveis para o tratamento de doenças vem se tornando uma tendência mundial, impulsionada principalmente pelos efeitos colaterais associados aos medicamentos convencionais.
Hoje em dia, é cada vez mais comum encontrar pessoas optando por terapias alternativas, como a naturopatia e a fitoterapia, que se baseiam no uso de substâncias naturais encontradas na natureza para promover a saúde e o bem-estar. Essas práticas têm ganhado destaque devido à sua abordagem holística, que considera não apenas os sintomas da doença, mas também a saúde como um todo, buscando equilibrar o corpo, a mente e o espírito.
Os benefícios da naturopatia e da fitoterapia são numerosos. Em contraste com os medicamentos sintéticos, muitas vezes produzidos em laboratórios, as substâncias naturais geralmente apresentam menos efeitos colaterais indesejáveis. Isso ocorre porque elas são encontradas na natureza em sua forma original, sem alterações químicas significativas. Além disso, essas terapias podem oferecer uma ampla gama de nutrientes e compostos ativos, que trabalham em sinergia para promover a cura e a prevenção de doenças. De um modo geral, são medicamentos mais baratos.
Vários laboratórios já estão fabricando produtos fitoterápicos, que combinam o conhecimento tradicional com as pesquisas científicas modernas. As plantas medicinais devem estar validadas em estudos etnofarmacológicos, documentações tecnocientíficas ou ensaios clínicos. Alguns exemplos que são amplamente usados em produtos fitoterápicos: valeriana officinalis (valeriana) e a passiflora incarnata (folhas do maracujá) para o tratamento da insônia. O guaco (Mikania glomerata) é utilizado para gripes e resfriados, enquanto o ginseng (panax ginseng) reduz o estresse e a fadiga, regulando os níveis de cortisol. Além do chá de sene, a espinheira santa, o boldo-do-chile (peumus boldus) e o psyllium (plantago ovata) são usados para tratar prisão de ventre. O avelós possui propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias, utilizado em formulações fitoterápicas para infecções e inflamações. O marupazinho é utilizado na medicina popular devido às suas propriedades antiparasitárias e digestivas, indicado para problemas gastrointestinais. A graviola é uma fruta tropical com propriedades antioxidantes e antitumorais, podendo ser utilizada como coadjuvante no tratamento de certos tipos de câncer. A cebola possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas, sendo utilizada na fitoterapia para aliviar sintomas respiratórios. O mel é valorizado por suas propriedades antibacterianas e antioxidantes, sendo utilizado para problemas respiratórios, feridas e gastrointestinais.
O acompanhamento médico no uso de fitoterápicos é essencial para garantir a segurança, eficácia e a correta utilização dessas plantas medicinais. Por meio de avaliação médica adequada, é possível obter os melhores resultados terapêuticos e evitar riscos desnecessários à saúde.