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Dr. Eduardo Henrique L. de Souza Silva
- médico mastologista
CRM/RO 4335 / RQE 1110 / TEMa 155957
- membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia
- presidente da regional de Rondônia da Sociedade Brasileira de Mastologia
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Termografia mamária
- substitui a mamografia na detecção do câncer de mama?
Não. Um exame que não identifica o câncer de mama está levando muitas mulheres a uma falsa sensação de segurança: a termografia mamária, que consiste na leitura da radiação infravermelha emitida pelo corpo, que pode ser convertida em valores de temperatura e, posteriormente, mapeada.
Em alguns municípios brasileiros, a termografia está sendo oferecida como um exame complementar à mamografia. No entanto, a eficácia da termografia na detecção do câncer de mama é questionável. O exame mede a temperatura da glândula mamária, como se fosse uma substituição da mamografia. Ele é baseado na teoria de que um tumor geraria mais calor por ter intensa circulação de sangue. No entanto, tumores muito pequenos, detectados na mamografia, nem sempre são visíveis pelo calor.
Embora a termografia seja apresentada como um exame preventivo, seu valor preventivo é muito baixo e não é útil. O Ministério da Saúde recomenda contra o rastreamento do câncer de mama com termografia, seja isoladamente, seja em conjunto com a mamografia, pois não foram identificados estudos sobre a eficácia do rastreamento com termografia mamária na redução da mortalidade geral ou por câncer de mama.
A Comissão Nacional de Mamografia (CBR/FEBRASGO/SBM) afirma que a mamografia é o único método comprovado capaz de, por meio do diagnóstico precoce, reduzir a mortalidade do câncer de mama. Nenhum método substitui a mamografia como forma de rastreamento e prevenção do câncer de mama. A termografia não demonstrou, até o momento, nenhum benefício adicional no rastreamento e diagnóstico do câncer de mama.
Investir na mamografia salva vidas, melhora a qualidade de vida da mulher e também diminui o custo para o sistema de saúde como um todo. Tratar um tumor pequeno é muito mais eficiente em termos econômicos do que tratar um tumor grande. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que pelo menos sete em cada dez mulheres a partir dos 40 anos façam o exame de mamografia uma vez por ano. Portanto, é fundamental que as mulheres sejam conscientizadas sobre a importância da mamografia na prevenção do câncer de mama e que os municípios invistam em políticas públicas que garantam o acesso das mulheres a esse exame.
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A Ponto E é um projeto desenvolvido com ética que já está no seu 16º ano. De publicação trimestral, prima pela qualidade e não pela quantidade, respeitando a língua portuguesa em sua perfeita grafia e concordância, adequando-se também à nova reforma ortográfica; exigência mínima dos fiéis leitores, formadores de opinião, que acreditam na competência dos profissionais que fazem este trabalho. É o esforço e seriedade de uma equipe que trabalha em prol do crescimento intelectual de cada cidadão rondoniense que passa a discernir com clareza quais são os profissionais competentes do nosso Estado.